Depois de uma grande crise como a de 1929, do crash ou dos grandes investimentos nos caminhos de ferro, no Sec. 19, só há um caminho: a prosperidade.
É uma crise dupla; A das hipotecas convertidas em acções e da informática, que sem ela, não podiam ser colocadas no mercado global. Estas crises dão-se devido ao modo como o sistema assimila as grandes mudanças tecnológicas.
Esta crise marca também o fim da dependência que a economia tinha das finanças. Hoje é preciso que o estado volte a ser activo.
Se a história se repetir, depois de crises que surgem a meio de uma grande revolução tecnológica, vem uma época dourada. Mas isto não acontece com o estalar dos dedos! Exige decisões que modifiquem as condições do mercado, que favoreçam a economia real e não o sistema financeiro e se distribua melhor a riqueza, estimulem uma nova procura e a expansão da produção e emprego.
Esta crise é uma ruptura com o sistema das finanças. É preciso agarrar no dinheiro e transferi-lo para os empreendedores, convertê-lo em grandes empresas. O capital tem de voltar a apoiar a produção. A produção cria emprego e riqueza.
Quando um doente está nos cuidados intensivos só há uma coisa a fazer: salvá-lo! Este é o papel do estado. Após essa urgente intervenção, a preocupação é que não ocorra o mesmo. Para isto tem de se regular o sistema financeiro e não permitir novos Madoff’s.
É preciso que o sistema financeiro volte à economia real. Deve apoiar-se a criação de riqueza na produção. Para isso é preciso mudar os incentivos e até a fiscalidade. Os benefícios devem surgir para quem é empreendedor ao investimento, criador de emprego. Os impostos não podem ser iguais para os vários perfis de investidores e de mercado. Quem cria emprego e investe em formação exige esforço e não enriquece em pouco tempo. O imposto não pode ser igual ao de quem compra um imóvel e, o vende passado um mês, pelo dobro do valor.
Esta é a mudança que precisamos para ultrapassarmos esta crise e atingirmos a prosperidade...
A mudança surgirá quando as decisões do investimento passar para o capital produtivo. A perspectiva do curto prazo deve ser banida, porque prejudica o sistema económico. É preciso pensar a longo-prazo.
A terapia tem de ser intensiva. Temos que construir o futuro e, são importantes políticas nacionais e supranacionais, mas não nacionalistas.
Será que não é importante a ligação do Porto de Sines à Europa, transformando Portugal na plataforma logística de recepção de mercadoria de todo o mundo? O TGV e a linha de alta velocidade não criarão emprego e desenvolvimento a longo-prazo?